e-περιοδικό της Ενορίας Μπανάτου εν Ζακύνθω. Ιδιοκτήτης: Πρωτοπρεσβύτερος του Οικουμενικού Θρόνου Παναγιώτης Καποδίστριας (pakapodistrias@gmail.com), υπεύθυνος Γραφείου Τύπου Ι. Μητροπόλεως Ζακύνθου. Οι δημοσιογράφοι δύνανται να αντλούν στοιχεία, αφορώντα σε εκκλησιαστικά δρώμενα της Ζακύνθου, με αναφορά του συνδέσμου των αναδημοσιευόμενων. Η πνευματική ιδιοκτησία προστατεύεται από τον νόμο 2121/1993 και την Διεθνή Σύμβαση της Βέρνης, κυρωμένη από τον νόμο 100/1975.

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Σάββατο 4 Μαΐου 2024

ENCÍCLICA PATRIARCAL PARA A SANTA PÁSCOA – 2024

✠ Bartolomeu,

pela misericórdia de Deus

Arcebispo de Constantinopla −Nova Roma e Patriarca Ecumênico

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À PLENITUDE DA IGREJA:

QUE A GRAÇA, A PAZ E A MISERICÓRDIA DE CRISTO RESSUSCITADO EM GLÓRIA ESTEJAM COM TODOS VÓS

* * *

Honoráveis irmãos hierarcas e filhos amados no Senhor,

Pela complacência e graça de Deus, doador de todos os dons, tendo percorrido a jornada da Santa e Grande Quaresma e passado com compunção a semana da Paixão do Senhor, eis que nos alegramos na celebração de Sua esplêndida Ressurreição através da qual fomos redimidos da tirania do Hades.

A gloriosa Ressurreição dentre os mortos do Senhor Jesus Cristo é uma ressurreição compartilhada por toda a raça dos mortais e um

prenúncio da perfeição de todos, assim como do cumprimento da Divina Economia no Reino celestial. Participamos do mistério inefável da ressurreição na Igreja, sendo santificados em seus sacramentos e experimentando a Páscoa, «que nos abriu as portas do Paraíso», não como recordação de um evento passado, mas como a quintessência da vida eclesial, como presença de Cristo sempre entre nós, mais perto de nós do que nós mesmos. Na Páscoa, os fiéis ortodoxos descobrem seu verdadeiro eu em Cristo; estão integrados no movimento de todas as coisas em direção ao fim dos tempos, «com alegria inefável e gloriosa» (1 Pd 1:8), como “filhos da luz … e filhos do dia” (1 Tes 5:5).

A característica central da vida ortodoxa é seu pulso ressurrecional. Alguns filósofos descreveram erroneamente a espiritualidade ortodoxa como «áspera» e «outonal». Pelo contrário, os ocidentais elogiam com razão a refinada percepção dos ortodoxos em relação ao significado e à profundidade da experiência pascal. No entanto, essa fé nunca esquece que o caminho para a Ressurreição passa pela Cruz. A espiritualidade ortodoxa não reconhece a utopia de uma ressurreição sem crucificação, nem o pessimismo da Cruz sem Ressurreição. Por esta razão, a experiência ortodoxa ensina que o mal não tem a última palavra na história, enquanto a fé na Ressurreição serve como motivação para lutar contra a presença do mal e suas consequências no mundo, atuando como uma poderosa força transformadora. Na autoconsciência ortodoxa, não há lugar para se render ao mal ou ser indiferente ao desenvolvimento dos assuntos humanos. Pelo contrário, sua contribuição para a transformação da história tem fundamentos teológicos e existenciais e se desenvolve sem correr o risco de identificar a Igreja com o mundo. O crente ortodoxo está ciente da antítese entre a realidade mundana e a perfeição escatológica. Por isso, não pode permanecer inativo diante das dimensões negativas do mundo. Por essa razão, a Igreja Ortodoxa nunca considerou a luta pela transformação do mundo como algo sem sentido. Nossa fé na Ressurreição preservou a Igreja tanto da introversão e da indiferença em relação ao mundo quanto da secularização.

Para nós ortodoxos, todo o mistério e tesouro existencial de nossa piedade se condensa na Páscoa. Quando ouvimos que as portadoras de mirra «ficaram surpresas» ao «entrar no sepulcro e ver um jovem vestido com roupas brilhantes» (Mc 16:5), isso caracteriza a imensidão e essência

de nossa experiência de fé como uma experiência de admiração existencial. Quando ouvimos que «ficaram surpresas», significa que estamos diante de um mistério que se torna mais profundo à medida que nos aproximamos dele, de acordo com o que foi dito, que nossa fé «não é um caminho do mistério ao conhecimento, mas do conhecimento ao mistério».

Enquanto a negação do mistério reduz existencialmente a natureza humana, o respeito pelo mistério nos abre as portas do céu. A fé na Ressurreição é a expressão mais profunda e clara de nossa liberdade; ou melhor, é o nascimento da liberdade como aceitação voluntária do supremo  dom  divino,  ou  seja,  da  deificação  pela  graça.  Como

«ressurreição vivida», a Igreja Ortodoxa é o espaço da «verdadeira liberdade» que é fundamento, caminho e destino para a vida cristã. A Ressurreição de Cristo é a boa notícia da liberdade, o dom da liberdade e a garantia da «liberdade compartilhada» na «vida eterna» do Reino do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Com esses sentimentos, amabilíssimos irmãos e filhos, cheios da alegria de participar plenamente da «festa compartilhada por todos», tendo recebido a luz da Luz incessante e glorificado a Cristo ressuscitado dentre os mortos que dá a vida a todos – mesmo enquanto lembramos durante este «dia eleito e santo», festivo a todos os nossos irmãos e irmãs em circunstâncias difíceis – oramos ao nosso Senhor «que destruiu a morte com sua morte», o Deus da paz, para que possa trazer paz ao mundo e guiar nossos passos em toda obra que seja boa e agradável a Ele, proclamando o hino jubiloso «Cristo ressuscitou!».

Fanar, Santa Páscoa-2024

†BARTOLOMEU de Constantinopla

Fervoroso intercessor por todos vós diante de Deus

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photo: Nicholas Papachristou

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